18 de junho de 2012

II Triatlo de Espinho


Realizou-se no passado sábado, dia 16 de Junho, a 2ª edição do Triatlo de Espinho, prova disputada na distância Sprint (750m de natação, 20.9km de ciclismo e 5km de corrida) a contar para o Campeonato Nacional de Clubes. Tratou-se, na verdade, do primeiro triatlo de Espinho, uma vez que na 1ª edição, realizada em Outubro de 2011, o segmento de natação foi cancelado devido às condições adversas do mar, tendo a prova sido disputada na modalidade de duatlo sprint.

O evento deste ano incluiu ainda uma Prova Aberta, disputada na distância Super Sprint (300m de natação, 7.26km de ciclismo e 2.5km de corrida), essencialmente destinada a "atletas" não federados que fariam aqui a sua estreia no triatlo. No entanto, esta prova contou apenas com 20 atletas à partida, a maioria dos quais sendo atletas federados dos escalões Júnior e Cadete. Talvez o mar, em particular as condições que o mesmo normalmente apresenta nesta zona do país, seja uma barreira difícil de ultrapassar para atrair novos praticantes a esta modalidade...

Voltando à prova Sprint do CN de Clubes, estiveram presentes à partida 128 atletas, dos diferentes escalões etários, tendo cortado a meta 123. Saíram vencedores, no sector masculino, Rafael Ribeiro, do Alhandra Sporting Clube, atleta ainda Júnior a impor-se a toda a concorrência, e no sector feminino foi Melanie Santos, também do Alhandra Sporting Clube, a levar a melhor sobre as restantes concorrentes.

A minha prova
Desde a minha última participação numa prova de triatlo, a 5 de Maio, no Triatlo Longo de Lisboa, valores mais altos se levantaram na minha vida, pelo que o tempo dedicado ao desporto tem sido diminuto. No último mês, apenas fiz 5km de natação (4 treinos), 49km de ciclismo (1 treino) e 85km de corrida (8 treinos)... Já aqui escrevi sobre o tema "diz-me como treinas, dir-te-ei como competes", mas não podia desperdiçar a oportunidade de participar num triatlo aqui tão perto de casa.

Logo após um breve aquecimento na água pude constatar que nadar naquele mar não iria ser tarefa nada fácil. Sendo a natação uma modalidade em que sou ainda um principiante, qualquer período de paragem, mesmo que seja apenas uma semana, reflecte-se de imediato na forma como me sinto na água. As condições do mar não eram nada para principiantes como fazia entender a bandeira amarela hasteada pelo nadador-salvador...

Natação
Os primeiros cerca de 300 metros em direcção à primeira bóia (em afastamento à praia), mesmo contra as ondas, correram relativamente bem, estando cercado por vários atletas, facilitando a navegação e tirando algum partido da redução da força de arrasto. Entre a 1ª e a 2ª bóia (na direcção paralela à praia), ainda consegui manter-me nesse grupo, mas é na saída da 2ª bóia em direcção à praia que comecei a sentir grandes dificuldades. A praia parecia ainda muito longe, as ondas eram enormes encobrindo por momentos completamente a praia e os edifícios da marginal. Já tinha descolado do grupo em que estava inserido, estava em esforço e parecia que não saía do sítio. Embora cada onda ajudasse a aproximar-me da praia, logo após a sua passagem sentia-me novamente arrastado para o mar. Por momentos, pensei em desistir e pedir socorro ao barco de apoio... Mas é nesse momento que percebo que há mais atletas com dificuldades semelhantes. Houve mesmo quem pedisse ajuda ao barco. Já não faltava assim tanto. Era "só" continuar a nadar com calma, aproveitar as ondas para progredir e, quando a corrente parecia não me deixar avançar, continuar a nadar com calma sem colocar demasiado esforço para a contrariar, pois nova onda viria para me ajudar a progredir mais uns metros. E assim foi até atingir a praia, finalmente, ao fim de 17m24s. Desafio superado!

Ciclismo
O percurso era bastante sinuoso, com muitas curvas, pontos de inversão, subidas e, o pior, zonas de empedrado. Talvez pelo desgaste causado pela natação não consegui andar ao ritmo que estava à espera e a dada altura percebi que naquele dia o meu corpo não dava mais, por isso segui um ritmo confortável na expectativa de que na corrida me sentisse melhor...


Corrida
Não sei se foi do desgaste causado no primeiro segmento da prova, da falta de treino que tenho tido, de uma eventual falta de motivação ou simplesmente não era o meu dia, a verdade é que mesmo a correr, onde normalmente me sinto mais à vontade e consigo recuperar algumas posições, não consegui reencontrar-me, tendo mesmo sentido algumas náuseas...


No final acabei com um tempo modesto de 1h22m31, na 109ª posição da geral e, pela primeira vez, na honrosa última posição do escalão Sénior... Algum dia teria que ser... Como costumo dizer, atrás ficaram os que não conseguiram terminar e os que não tiveram a coragem de tentar. Gosto de ver as coisas pelo seu lado positivo e, nessa medida, fiquei satisfeito com esta participação, uma vez que ao longo da prova tomei consciência do meu limite, mesmo sendo inferior ao habitual, sem tentar irracionalmente contrariá-lo, o que poderia colocar em risco o meu bem-estar e consequentemente levar a uma desistência. Assim, ajustei o meu ritmo e concentrei-me no objectivo de chegar ao fim. Valeu a pena.

1 comentário:

  1. Foi pena não ter estado presente para finalmente trocarmos um abraço. Mea culpa, mas "não me" deixaram alternativa. Está para breve. :))
    E mais um desafio superado. Esse o espírito.
    Forte abraço, Pedro.

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