24 de outubro de 2012

Na véspera da prova... Não inventes!

A apenas 4 dias da maratona do Porto, recordo a minha tentativa falhada do ano passado. Dou por mim a pensar se estarei a fazer tudo correcto. A alimentar e a hidratar-me bem. Dou por mim atento a todos os sinais do meu corpo quando corro. Será que no dia da prova me vou ressentir de alguma lesão? Será que me vai doer a barriga?

Por vezes na véspera das provas, sobretudo as mais longas e que nos obrigaram a uma igualmente longa preparação, tendemos a exagerar na preocupação de ingerir hidratos de carbono, beber bebidas isotónicas, etc. O único conselho que dou é não mudar em nada os hábitos alimentares. Estes, obviamente devem ser saudáveis e adaptados à actividade física de cada um, mas isso deve acontecer sempre. Se for só na véspera, não terá efeito nenhum.

Na véspera da maratona do Porto de 2011, na obsessão de ingerir hidratos de carbono, descurei o facto que esse alimento pudesse já não estar nas melhores condições. A crónica que se segue, é um e-mail que enviei a um amigo após a maratona.

Até breve!


"On 08/11/2011, at 11:38, "Pedro Reis" <pedrorreis@hotmail.com> wrote:

(...)
Pois, como te disse, a manhã de domingo foi muito má. Até começar a correr, sentia-me muito bem, mas mal comecei a dar as primeiras passadas apareceram os enjoos. Tentei controlar a respiração para ver se passava, mas a verdade é que ficava cada vez mais mal disposto à medida que os minutos passavam. Até que à entrada da Av. Brasil abandonei o grupo e corri em direcção à praia... 10 minutos depois voltei à estrada e recomecei a correr, mas não me sentia melhor... Até que tive que fazer nova visita às rochas da praia dos Ingleses. 15 minutos depois estava de novo na estrada, na expectativa de poder retomar a corrida, mas foi sol de pouca dura... Voltei ao mar logo após a praia do Ourigo... Desta vez já com mais experiência no procedimento, vesti os calções e desatei a correr pela a areia fora e em tempo recorde estava de novo na estrada. Acelerei o ritmo para tentar recuperar o tempo perdido. Passei os 10km já com o tempo de 1h10. Ainda acreditava que podia chegar ao fim com menos de 4 horas. Nessa altura só pensava em beber água, mas sabia que só a voltaria a degustar aos 15km... Mas as cólicas voltaram e obrigaram-me a parar várias vezes para me baixar e suportar a dor. Agora já não tinha mar, mas sim rio... E o acesso era quase impossível se não quisesse irremediavelmente ficar por lá em convívio com as tainhas... Finalmente a água! Bebi um pouco... Logo a seguir a cólica mais forte que me fez disparar em direcção ao parque de estacionamento da alfândega, onde estacionei por longos minutos... Valeu-me a garrafinha de água para repor a higiene... Desta vez o regresso à estrada deu-se a passo, já completamente fraco e com a moral em baixa. O relógio marcava 1h54... Enquanto pensava no que ia fazer a seguir, uma voz perguntou-me -"Então pá, o que se passa?" - era o meu pai! Let's go home...

Cheguei à meta em tempo recorde, mas apenas para levantar o saco com a roupa e sem direito a brindes nem fotos...

Volto a tentar no próximo ano!

Grande abraço,
Pedro" 

9 de outubro de 2012

Meia-Maratona de Ovar

Só lá estava quem queria, de facto, correr. Não havia figuras públicas de outras áreas da sociedade, normalmente convidados (leia-se pagos) para promover a prova... Ou seja, para promover a visibilidade dos grandes patrocinadores. Estes também não estavam presentes, mas sim as pequenas empresas locais, maioritariamente sociedades unipessoais, que ajudam ano após ano a colocar de pé este evento. Também não se viram as figuras internacionais do atletismo, habitualmente provenientes de países como o Quénia ou a Etiópia. Mas estavam lá os nossos principais atletas que habitualmente representam o país nas maiores competições internacionais. Por ventura, terão até maior impacto no incentivo à participação na prova e na prática de desporto em geral, pela natural maior afinidade cultural e física com a nossa população. Nos minutos que antecedem a partida, sente-se a simplicidade de uma prova de rua organizada por um grupo de amigos. O apresentador da prova poderia não ser a pessoa mais eloquente, mas as suas palavras transbordavam paixão e ansiedade por se aproximar mais uma partida. Esta emoção instala-se na alma dos atletas que se aglomeram na linha de partida. Apesar desta simplicidade, sente-se também um elevado empenho e rigor por parte da organização para levar a bom termo a realização do evento. Facto que tem acontecido ano após ano e com muito sucesso. Apenas não se sente a exuberância de outros eventos realizados nas grandes cidades.

A Meia-Maratona de Ovar ganhou notoriedade assim.  Simples mas com qualidade para os atletas. O percurso é excelente. Sempre com bom piso, passando pelo centro da cidade, por estradas ladeadas pelo pinhal, uma passagem à beira-mar e ainda passando junto à ria. E as pessoas que assistem ou se cruzam connosco na sua caminhada? Fantásticas, transmitindo-nos sempre simpáticas palavras de incentivo.

Claro está que gostei muito de fazer a prova e mais ainda por ter conseguido bater o meu melhor tempo. No final o relógio marcava 1:26:56.

Foi assim no domingo, 7 de Outubro.

Ovar, até para o ano!


1 de outubro de 2012

IV Triatlo Varzim Lazer


A foto diz tudo. Estive lá e, verdade seja dita, levado a reboque pelo excelente desempenho dos meus companheiros da AASM, pela primeira vez na minha "carreira" desportiva no triatlo pisei o pódio, fruto do 3º lugar alcançado pela AASM na classificação geral por equipas. Obrigado companheiros! A sensação foi muito boa, mas melhor mesmo foi fazer os 300 metros de natação, seguidos por 10 km de ciclismo e finalmente 2,2 km de corrida, sempre no red line. É um triatlo diferente que, para além de ser muito rápido, tem a particularidade do segmento de natação se disputar em piscina coberta. Mais uma vez pareceu-me uma porta de entrada para novos praticantes da modalidade.

Em relação ao meu principal adversário, eu próprio, consegui bater o meu melhor tempo nesta distância, terminando em 32'41'' (24º da geral em 70 atletas).

A manhã de sábado começou com 25 km de bicicleta, de casa até à P. Varzim para fazer a prova, e no final mais 25 km para o regresso a casa. O próximo objectivo é a Maratona do Porto a 28 de Outubro, pelo que ontem, domingo, fiz o meu último treino mais longo, 29 km. A partir daqui será sempre a descer o volume de treino.



No próximo fim-de-semana, 7 de Outubro, espero fazer a Meia-Maratona de Ovar.

Até breve.