27 de Abril marca o meu regresso às provas de atletismo. Aliás, foi mesmo a minha primeira prova do ano. A última tinha sido no dia 3 de Novembro de 2013, na Maratona do Porto.
O final do ano passado fica bem (mal) recordado por cinco semanas de paragem nos treinos, devido a uma gripe, ou a uma sucessão de gripes, que teimaram em fustigar-me e evoluir para um quadro de infeção nos bronquios. Inicio então a atividade física no presente ano de forma moderada, mas ainda com alguns resquícios dos efeitos causados pelas bactérias que se haviam alojado no meu corpo.
Em Fevereiro, estava já em plena atividade física e a tentar recuperar a forma, mas é logo no início de Março que novo contratempo me atira, literalmente, ao chão. Desta feita, bem mais grave, pois durante um treino de ciclismo acabo no chão depois de ser abalroado por um automóvel, resultando, entre outros ferimentos e danos materiais, numa fratura da omoplata.
Novo período de paragem... Novo período de recuperação e, ainda hesitante, acabei por me inscrever no Grande Prémio de Atletismo União Nogueirense. A hesitação até nem era pelo ombro que, a correr já não me incomodava nada e na natação a evolução estava a ser muito positiva... Mas, era uma lesão lombar que estava a limitar-me muito nos treinos, talvez devido aos sucessivos períodos de paragem.
Uma prova realizada na Maia, com partida e chegada junto ao Estádio Municipal Nogueirense F.C., com um trajeto a percorrer também as freguesias de Silva Escura e Vermoim e a passar à porta de casa, por duas vezes, não seria capaz de, pelo menos, não tentar participar. E assim foi, depois do habitual treino de natação de domingo às 8h00 com a equipa AASM Triatlo, desloquei-me a correr, já a partir de casa, para a linha de partida, marcada para as 10h30.
O resultado acabou por ser surpreendente. Num percurso sinuoso, com bastante empedrado e algumas subidas, senti-me sempre forte ao longo de toda à prova e geri bem o esforço, tendo terminado com o tempo de 0:38:07, na 32ª posição da geral, entre mais de 300 atletas. Um tempo que se aproxima muito da minha melhor marca nesta distância, o que me permite antever que posso muito em breve batê-la, caso não surjam outros contratempos e a oportunidade assim surja.
Afinal, estava era mesmo a precisar de voltar a sentir a adrenalina da competição para elevar a moral e voltar a treinar com confiança. No dia seguinte, de novo no treino de natação, acabo por ter o meu melhor desempenho do ano!
Não importa como cais, mas sim como te levantas...